terça-feira, 6 de novembro de 2012

Uma conversa telefônica inusitada

Acordei assustada com o toque do telefone, o relógio marcava 7h12 e habitualmente naquele dia da semana, eu não levantava tão cedo pois não trabalhava no período da manhã. Atendi o telefone.
- Alô...
- Alô, Daniela? Sou eu... a Carla.
- Oi Carla, bom dia! Aconteceu alguma coisa? Você me parece aflita.
- Aflita? Eu? Estou em estado de "choque"!
- Meu Deus! Me fala!?!?! - estava esperando uma tragédia.
- Bom, vou lhe contar... Como você sabe, eu acordo todos os dias às 5h. Hoje, abri os olhos e consultei o relógio da cabeceira que marcava 4h55. Desliguei o despertador e levantei-me. Fui até o banheiro... estava extremamente sonolenta, escovei os dentes, lavei o rosto...
- Ai Carla! Você está me deixando nervosa! E aí? O que houve?
- A campainha da porta tocou, aí enxuguei-me às pressas, saí do banheiro e caminhei até a porta...
- Quem era tão cedo?
- Então. Abri a porta e... Dani ... sabe o que eu vi?
- Fala logo!
- Um homem caído na minha soleira.
- Bêbado?
- Antes fosse amiga. Olhei ao redor e não havia ninguém. Abaixei-me e toquei o homem com os dedos... aí senti que o corpo estava frio e rígido...
- Morto?
- Morto... corri para o telefone e liguei para a polícia.
- Nossa! Mas foi assassinado?
- Não sei! A polícia chegou rapidamente, fotografou, me fez algumas perguntas e o corpo foi levado.
- Que coisa! E como você está?
- Imagina... aflita e com receio de que eu possa ser acusada de alguma coisa... sei lá...
- Fica tranquila... a polícia vai investigar e concluírá que você não tem nada com isso.
- Tomara! Nem trabalhar irei hoje. Preciso me reestabelecer deste episódio.
- Certamente amiga. Venha almoçar comigo?
- Irei sim.
- Então, te espero. Beijo e venha com cuidado.
- Obrigada e até daqui a pouco.

                                                                                              Daniela Bianchini



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